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Deputada Luciana Rafagnin (PT) cobra explicações sobre possível fechamento de escola do campo em São Jorge D’Oeste

Parlamentar protocolou requerimento à SEED-PR após comunidade relatar nova tentativa de desativação da Escola Estadual do Campo de Iolópolis, apesar de ampla rejeição em consulta
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Deputada Luciana Rafagnin (PT) cobra explicações sobre possível fechamento de escola do campo em São Jorge D’Oeste

Parlamentar protocolou requerimento à SEED-PR após comunidade relatar nova tentativa de desativação da Escola Estadual do Campo de Iolópolis, apesar de ampla rejeição em consulta pública.
Deputada Luciana Rafagnin (PT) cobra explicações sobre possível fechamento de escola do campo em São Jorge D’Oeste

A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT), líder do Bloco Parlamentar da Agricultura Familiar, encaminhou um requerimento à Secretaria da Educação do Paraná (SEED-PR) pedindo esclarecimentos sobre a possível desativação da Escola Estadual do Campo de Iolópolis, no município de São Jorge D’Oeste.

O pedido foi motivado por denúncias da comunidade local, que aponta um movimento do Núcleo Regional de Educação de Dois Vizinhos para fechar a escola, mesmo após consulta pública na qual apenas um voto foi favorável ao encerramento das atividades. A grande maioria dos pais, responsáveis e moradores manifestou-se contrária à medida.

Atualmente, a escola atende 51 estudantes do ensino fundamental, distribuídos em quatro turmas, além de oferecer atividades complementares consideradas essenciais ao desenvolvimento integral das crianças e jovens. A comunidade de Iolópolis é formada por cerca de 70 famílias, em sua maioria agricultores familiares que dependem da unidade escolar para garantir o acesso dos filhos à educação básica.

“Fechar uma escola no campo é muito mais do que desativar um prédio. É romper o vínculo entre a comunidade e o direito à educação, é desconsiderar a identidade, a cultura e a realidade dessas famílias. E é exatamente isso que estamos vendo: uma tentativa de desmonte que fere princípios legais e sociais”, destacou a deputada.

A preocupação aumenta porque, em dezembro de 2023, a própria SEED-PR havia informado, em resposta a um pedido da parlamentar, que não havia interesse em fechar a escola no ano letivo de 2024. Menos de dois anos depois, a possibilidade volta à pauta, gerando insegurança e apreensão entre os moradores.

No requerimento, Luciana solicita que a Secretaria da Educação esclareça se existe estudo ou proposta oficial para o fechamento da escola; quais critérios técnicos e legais estão sendo considerados nessa análise; o resultado oficial da consulta pública realizada com a comunidade; quais alternativas estão previstas para assegurar a continuidade da educação dos alunos, caso a unidade seja desativada; e o histórico de avaliação pedagógica da escola nos últimos três anos.

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A deputada lembra que a educação do campo é um direito constitucional garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB – Lei 9.394/1996), especialmente no artigo 28, que prevê adaptações pedagógicas voltadas às comunidades rurais. Além disso, resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE), como as nº 1/2002, 2/2008 e 4/2010, estabelecem diretrizes específicas para que as escolas do campo respeitem a identidade cultural, histórica e produtiva dessas populações.

“Uma escola no campo não é só um lugar de ensino. É um centro de convivência, de resistência e de esperança. Fechá-la é ignorar a vontade da comunidade, ferir a lei e colocar em risco o futuro de dezenas de crianças”, afirmou Luciana.

A parlamentar reforçou que vai acompanhar o caso até que haja uma resposta oficial e transparente da SEED-PR, reafirmando o compromisso com a defesa da educação pública, do campo e de qualidade para todos.

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