A Secretaria da Segurança Pública do Paraná confirmou, nesta quarta-feira (21), a identificação oficial das nove vítimas da explosão ocorrida no dia 12 de agosto na fábrica Enaex Brasil, em Quatro Barras. O processo foi conduzido por equipes da Polícia Científica e da Polícia Civil do Paraná, com uso de exames genéticos e análise de impressões digitais.
Segundo o secretário Hudson Leôncio Teixeira, a prioridade foi garantir precisão e respeito às famílias. “Todos os esforços foram concentrados para assegurar uma identificação correta e transparente, com acolhimento aos familiares”, afirmou.
Protocolos internacionais
O procedimento seguiu o padrão internacional de Disaster Victim Identification (DVI), reconhecido pela metodologia científica em situações de múltiplas vítimas. Foram coletados aproximadamente mil vestígios, analisados de forma minuciosa em diferentes laboratórios.
A operação envolveu cerca de 80 profissionais. Enquanto equipes de antropologia atuavam no local, especialistas em genética concentraram-se na análise de amostras biológicas, com apoio dos perfis genéticos de familiares das vítimas.
Impressões digitais
Paralelamente, papiloscopistas da Polícia Civil realizaram a coleta necropapiloscópica. De acordo com a chefe do setor, Ana Libera Weber, seis fragmentos compatíveis foram identificados e analisados em tempo recorde. “O processo exige técnicas específicas, mas garantiu celeridade e precisão”, disse.
Investigação em andamento
As causas da explosão seguem sob investigação pela Delegacia de Quatro Barras. Além da identificação das vítimas, as forças de segurança atuaram no isolamento da área, coleta de vestígios e assistência direta às famílias.
Equipes especializadas continuam oferecendo suporte psicológico e orientações sobre os próximos passos. Agora, os esforços se concentram em esclarecer os motivos da tragédia.
