A Comissão Parlamentar de Inquérito que apura o caso conhecido como “Professor Monstro”, na Câmara Municipal de Cascavel, recebeu três novas denúncias de abuso sexual contra crianças matriculadas em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).
Os relatos foram apresentados por mães diretamente ao vereador Everton Guimarães, membro da CPI. De acordo com o parlamentar, as suspeitas recaem sobre outros servidores da rede municipal de educação e não têm ligação com o agente de apoio investigado no procedimento original.
A CPI foi instaurada para avaliar a atuação de autoridades diante do abuso atribuído a um funcionário de apoio em um CMEI durante a gestão do prefeito Leonaldo Paranhos. Com as novas queixas, a comissão estuda a possibilidade de ampliar o escopo dos trabalhos e solicitar prorrogação do prazo de funcionamento.
Guimarães informou que cada caso será analisado separadamente em processo administrativo interno. Caso os indícios se confirmem, as mães poderão ser convocadas a prestar depoimento aos vereadores que integram a investigação.
As denúncias serão encaminhadas aos órgãos competentes para apuração paralela, enquanto a CPI avalia a necessidade de ouvir dirigentes escolares, servidores e representantes da Secretaria Municipal de Educação. O objetivo é verificar se houve falhas de supervisão ou omissão na adoção de medidas preventivas.
O cronograma de atividades e a eventual extensão do prazo da comissão devem ser definidos em reunião prevista para os próximos dias.