A Copel reuniu nesta quarta-feira (10/9), em Curitiba, representantes de cerca 40 operadoras de telecomunicações e dados, que atuam nas regiões Leste e Centro-Sul do Paraná, para tratar de segurança no compartilhamento de redes e do ordenamento da fiação aérea no espaço público.
“Para a Copel, a segurança é um valor inegociável. Vocês têm sido convocados pela companhia para ações programadas de organização de cabos soltos em vias públicas. São intervenções que têm que convergir para a segurança. Temos que ter o compartilhamento com a segurança”, ressaltou o gerente da Divisão de Inventário e Fiscalização do Compartilhamento de Estruturas da Copel, Rafael Buckoski.
O compartilhamento dos postes de energia com estruturas de telecomunicações e dados segue regramentos legais com os objetivos de reduzir custos, evitando a duplicação desnecessária de infraestrutura; estimular a competição universal dos serviços de telecom, facilitando a entrada de novas operadoras, e de ordenar a instalação em espaços públicos, evitando escavações de vias.
“A Lei Geral das Telecomunicações, de 1997, determina que o compartilhamento é compulsório, ou seja, a concessionária de energia tem que ceder o espaço para as operadoras de telecomunicações. A resolução conjunta da Aneel e Anatel, 1.044 de 2022 diz que o compartilhamento de estruturas não deve comprometer a segurança das pessoas e da infraestrutura”, explicou Buckoski.
O conjunto de normas e resoluções que regem o tema também tem suporte em normas técnicas da Copel.
TRABALHO CONJUNTO – Técnico de Segurança no Trabalho da Copel, Fábio Luiz Pinheiro Maciel ressaltou a importância de as empresas parceiras investirem na prevenção e capacitação dos seus quadros quanto a acidentes de trabalho.
“Segurança ninguém faz sozinho, mas em conjunto. Empresas organizadas não querem ter acidentes de trabalho, porque um acidente não compensa o sucesso da produtividade. Quando ocorrem acidentes é necessário repensar processos. É importante definir boas práticas e aplicá-las”, observou.
Em sua apresentação, Maciel ainda destacou o projeto Guardião da Vida, iniciativa da Copel voltada à promoção da segurança no trabalho. “Não podemos aceitar falta de zelo com a segurança. O cuidado ativo pressupõe cuidar de si, cuidar do outro e permitir ser cuidado”, disse.
De acordo com ele, é necessário que os ritos básicos de segurança sejam seguidos em detalhes pelos profissionais que atuam junto às redes de energia e em vias públicas. Isso passa pela verificação das condições do veículo, da disponibilidade de todos os equipamentos de segurança individual e de materiais sinalização em vias, como também a conclusão de cursos sobre normas exigidas para trabalhos em altura e próximos da rede elétrica, entre outros.
“Segurança é repetição e conscientização. Não temos como saber se tem energia ou não em um cabo olhando para ele. Existem procedimentos e equipamentos próprios para verificar se existe tensão ou não”, destacou Maciel.
Ao identificar qualquer situação de risco, a orientação da Copel é que o profissional interrompa imediatamente a atividade. Em casos de acidentes que envolvam energia elétrica, a companhia deve ser acionada por meio da linha direta 0800 51 00 116. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone. Ao chamar, basta selecionar a opção 1 para emergências.
AÇÕES INTEGRADAS – A comunicação integrada entre operadoras e a Copel, e a Plataforma de Gestão de Compartilhamento de Estruturas da companhia – pela qual as empresas são cadastradas e notificadas quanto a situações de risco, regularização técnica e ações programadas –, também foram detalhadas em apresentações da supervisora de Inspeção e Fiscalização de Compartilhamento para as regiões Leste e Centro-Sul, Thaís Lázaro, e a supervisora de Inventário do Departamento de Compartilhamento de Estruturas, Adriane Fuhr.
São ações necessárias para reduzir o tempo de resposta em situações críticas, alertar sobre situações de risco e prevenir acidentes, realizar manutenções emergenciais e evitar interrupção nos serviços de dados.
O supervisor de Compartilhamento de Estruturas da Copel para as regiões Oeste e Sudoeste, Wellington Lucas Tondo, encerrou as apresentações do evento ao detalhar aplicação dos ordenadores, equipamentos de passagem de fiação, desenvolvidos pela Copel, que melhoram a organização do cabeamento de dados e possibilitam futuras ocupações de forma ordenada, com a identificação das operadoras, em postes com redes já instaladas.
“Os ordenadores tornam a rede mais compacta, com menor impacto visual e adequação dos cabos”, explicou Tondo.
O gerente de Compartilhamento de Estruturas da Copel, Fabrício Salmazo, reforçou que o Compartilhamento de Estruturas envolve a corresponsabilidade nas ações. “As operadoras reunidas neste evento integram mais de 6 mil profissionais que atuam na instalação e organização de cabos de telecomunicações e dados. O zelo pela segurança é prioridade e a manutenção corretiva uma necessidade para manter as estruturas em ordem e dentro das normas legais”, finalizou.
O evento da Copel com operadoras da Região Leste e Centro-sul encerrou uma série de reuniões feitas este ano com empresas de telecom que atuam em todas as regiões do Estado.
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