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Colégios do programa Parceiro da Escola promovem aulas de crochê e estimulam concentração

No Colégio Estadual Olívio Belich, no bairro Cajuru, as aulas são eletivas e funcionam em duas turmas, trabalhando o crochê e a tecelagem com os
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Colégios do programa Parceiro da Escola promovem aulas de crochê e estimulam concentração

No Colégio Estadual Olívio Belich, no bairro Cajuru, as aulas são eletivas e funcionam em duas turmas, trabalhando o crochê e a tecelagem com os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. O Colégio Estadual Algacyr Munhoz Maeder, de ensino integral, oferece durante o horário de almoço uma oficina de crochê e macramê.
Colégios do programa Parceiro da Escola promovem aulas de crochê e estimulam concentração

Habilidades manuais e criatividade estão em alta em dois colégios estaduais de Curitiba com aulas de crochê disponibilizadas para os alunos. A iniciativa permite o desenvolvimento de coordenação motora e estimula a concentração e a paciência dos adolescentes do ensino integral.

São dois projetos na cidade. No Colégio Estadual Olívio Belich, no bairro Cajuru, as aulas são eletivas e funcionam em duas turmas, trabalhando o crochê e a tecelagem com os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. 

“Ano passado, durante as aulas de Empreendedorismo e Projeto de Vida uma das professoras começou a trabalhar ‘fuxico’ com os alunos, percebemos que aumentou a concentração e eram aulas mais relaxantes. Isso impulsionou que nós pensássemos em eletivas com duas aulas semanais, no primeiro semestre tivemos uma turma e agora no segundo semestre conseguimos transformar em duas turmas devido à procura”, explica a diretora Adriana Maia.

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Na sala de aula, ao invés do burburinho das conversas, o silêncio da concentração chama a atenção de quem passa pelos corredores. Da porta da sala para dentro, todos estão focados em seu trabalho e atentos às dicas dadas pela professora de história, Célia Regina Piovezan, que trabalha a eletiva de crochê.

“A maioria deles nunca nem mexeu em uma agulha e eles têm algumas opções para trabalhar, oferecemos lã para fazer gorro e cachecol e fio para fazer tapetes ou bolsas. Um fato interessante é que a turma tem vários meninos, eles gostam muito e estão desenvolvendo a ‘sintonia’ fina que o crochê ou tricô exige”, conta.

O aluno do 6º ano, Jerson do Nascimento de Souza, de 11 anos, começou a participar das aulas no segundo semestre e já mostra habilidade com a agulha. “Meus amigos vieram [fazer as aulas] e eu vim junto, porque eu pensei que era legal. E é legal, realmente. Eu sinto que fico mais concentrado e acho importante aprender, se você quiser uma fonte de renda, isso vale né?”, conta o estudante.

Recém-chegada na escola, Mayara Emily Nepomoceno Tartari (13) é estudante do 8º ano e já se rendeu ao crochê. “Eu acho muito legal porque parece que acalma a gente. Às vezes a gente está estressado, e se você pega e foca, consegue acalmar e fazer alguma coisa. Minha amiga faz uns ursinhos que também quero tentar fazer, mas primeiro preciso aprender”, diz.

MOMENTO DE DESCOMPRESSÃO – O Colégio Estadual Algacyr Munhoz Maeder, de ensino integral, oferece durante o horário de almoço uma oficina de crochê e macramê (técnica de trançado manual de fios ou cordas para criar peças decorativas) como momento de descanso e relaxamento para os alunos. A ideia foi da assistente administrativa Claudia Eliane Bernardi, contratada pela Impulso, empresa que faz a gestão administrativa do colégio e outras 33 escolas no Paraná por meio do Programa Parceiro da Escola. 

De acordo com Bernardi, a ideia inicial era apresentar o crochê para os alunos, que mostraram interesse desde o primeiro momento. A equipe pedagógica e comunidade escolar, então, se uniram para conseguir os materiais e hoje a média de frequência é de 15 alunos nas oficinas realizadas às terças e quintas. “No início eu deixei eles bem livres para desenvolverem essa coordenação motora com a agulha e o contato com os fios. Enquanto alguns já sabem, outros nunca pegaram numa agulha”, conta.

O aluno do 6º ano, Carlos Eduardo de Souza Machado (12) é um dos frequentadores das oficinas. “Eu estou achando muito legal. A minha inspiração de fazer pulseiras veio da minha prima. Ela me deu uma pulseira e eu fiquei muito interessado em saber como é que ela fez. Eu me sinto calmo fazendo pulseiras, já que no dia a dia a gente fica meio estressado, as pulseiras ajudam a aliviar o estresse”, diz. O estudante trabalha com a técnica de macramê para criar pulseiras personalizadas para presentear seus amigos e familiares.

OUTROS PROJETOS – Além das habilidades manuais, o Colégio Estadual Algacyr Munhoz Maeder promove outras atividades com foco no aprimoramento de múltiplas habilidades como escrita, leitura, apuração de informações, pesquisa e trabalho em equipe.

Um dos projetos é o jornal  CEPAMM, desenvolvido por um grupo de 27 alunos do 6º ao 8º ano do Ensino Fundamental. O periódico integra a aula eletiva de Projeto de Vida e já está em sua segunda edição. As publicações abordam temas como o cotidiano dos jovens, entrevistas com funcionários da escola e eventos, apresentados em matérias jornalísticas que trazem o ponto de vista dos alunos sobre cada assunto. 

Os materiais são elaborados pelas equipes que contam com repórteres fotógrafos, redatores e ilustradores, passando, antes de serem publicados, pela revisão da professora Cintia Bertola Rodrigues, idealizadora da atividade.

“A produção acontece de maneira colaborativa: os estudantes pesquisam temas atuais e relevantes para a comunidade escolar, produzem textos, entrevistas, curiosidades, atividades e ilustrações. Depois, organizamos todo o material em formato de jornal, que é editado e finalizado com a participação ativa dos próprios alunos”, explica a docente.

Por fim, para a impressão das cópias, a equipe conta com subsídios da empresa Impulso, que custeia todos os materiais necessários por meio do Programa Parceiro da Escola. “O material é distribuído para a comunidade escolar e é sucesso total. Nesta semana lançaremos a 2ª edição, os principais temas serão o setembro amarelo, 7 de setembro, bullying dentro da escola e da sociedade e esporte”, explica.

“Com a promoção dessas atividades, a escola tem se tornado mais do que um espaço de ensino acadêmico, mas também um ambiente de desenvolvimento social, emocional e ético, preparando os alunos para a vida em sociedade”, finaliza.

PROGRAMA – O Parceiro da Escola é fruto de uma lei estadual, após um projeto-piloto em Curitiba e São José dos Pinhais. A seleção das escolas ocorreu em dezembro de 2024. As 82 unidades do Parceiro da Escola estão distribuídas em 34 municípios: Almirante Tamandaré, Andirá, Apucarana, Arapongas, Assis Chateaubriand, Bocaiúva do Sul, Cambé, Campo Largo, Campo Magro, Cascavel, Castro, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Ibiporã, Jaguariaíva, Londrina, Maringá, Matelândia, Matinhos, Medianeira, Nova Aurora, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Palmeira, Pinhais, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Pontal do Paraná, São José dos Pinhais, Sarandi e Toledo.

O grupo Apogeu é responsável pela gestão de 16 colégios estaduais em Curitiba, Região Metropolitana (RMC), Litoral e Guarapuava. A Tom Educação faz a gestão de 32 unidades nas regiões Norte, Oeste, Campos Gerais, RMC e Curitiba. Nas outras 34 escolas do programa, distribuídas entre as regiões Oeste, Noroeste, Curitiba e RMC, a responsabilidade é da empresa Impulso.

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