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Itaipu inicia montagem da usina solar flutuante no reservatório

Primeiro conjunto de painéis fotovoltaicos foi colocado na água nesta semana; expectativa é que a usina comece a gerar energia ainda este ano
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Por: Celso Romankiv

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Itaipu inicia montagem da usina solar flutuante no reservatório

Primeiro conjunto de painéis fotovoltaicos foi colocado na água nesta semana; expectativa é que a usina comece a gerar energia ainda este ano
O projeto-piloto prevê a instalação de 1.584 módulosFotos: William Brisida/Itaipu Binacional

A Itaipu Binacional começou nesta semana a instalação do primeiro dos dez conjuntos de placas solares da futura usina solar flutuante experimental no reservatório da hidrelétrica. A previsão é que esta etapa de montagem da estrutura se estenda até o fim do mês e a usina esteja operando em sua capacidade plena ainda este ano. Toda a energia produzida será destinada para o consumo interno da própria Itaipu.

Montagem e produção

O projeto-piloto prevê a instalação de 1.584 módulos com potência de 705 watts-pico (Wp) cada, apoiados sobre 4.199 flutuadores, formando uma ilha solar com capacidade instalada de 1 megawatt-pico (MWp), suficiente para abastecer cerca de 650 casas. Os painéis estão sendo organizados em dez segmentos. O primeiro deles, com 132 placas, já foi montado e fixado no reservatório.

Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, esta experiência reforça o papel de Itaipu como promotora da inovação no setor elétrico e na transição energética. “Projetos como este nos ajudam a entender como as novas tecnologias podem dialogar com a operação da usina, sem interferir na sua missão principal de gerar energia hidrelétrica segura, firme e sustentável, com potencial de aplicação em outras usinas”, afirma.

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Certificações e qualidade

A usina está sendo implantada por um consórcio binacional formado pelas empresas Sunlution (Brasil) e Luxacril (Paraguai), vencedor do edital promovido por Itaipu com proposta de US$ 854,5 mil. O sistema ficará conectado à subestação da margem paraguaia, próximo do local onde a usina flutuante está sendo instalada. Os equipamentos têm certificações internacionais de qualidade, vida útil estimada de 30 anos e resistência a condições climáticas adversas.

Segundo Rogério Meneghetti, superintendente de Energias Renováveis da Itaipu, o objetivo é testar cada etapa do processo antes de considerar uma possível ampliação da iniciativa. “Estamos convertendo planejamento em realidade. Este é um projeto experimental que vai nos ajudar a entender os desafios técnicos, ambientais e de integração com a nossa rede interna e a comparar a eficiência entre geração em solo e sobre a água”, explica.

Rogério Meneghetti, superintendente de Energias Renováveis da Itaipu. Foto: William Brisida/Itaipu Binacional.

Estratégias para o futuro

Quanto à expansão do projeto levando em conta o tamanho do Lago de Itaipu, Meneghetti lembra que se 10% do espelho d’água do reservatório pudesse ser ocupado por placas fotovoltaicas, a capacidade instalada da usina solar seria equivalente à da própria Itaipu: 14 mil megawatts. “É claro que isso é apenas um dado teórico, mas mostra o quanto essa tecnologia pode ser estratégica no futuro.”

Crédito das fotos: William Brisida/Itaipu Binacional

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