O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) pautou para o dia 4 de junho o julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que pode resultar na cassação do prefeito de Realeza, Paulo Cezar Casaril, conhecido como Paulo Bateria. O processo, movido pela coligação adversária “Nossa Realeza, Nosso Futuro – 20”, trata de suposto abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha de 2024.
Segundo parecer do Ministério Público Eleitoral, Casaril teria se promovido eleitoralmente ao divulgar, em suas redes sociais, a entrega simbólica da obra do Hospital Municipal de Realeza, mesmo sem o funcionamento efetivo do serviço. O vídeo publicado traz o slogan de campanha do prefeito — “Por amor a Realeza” — e associa diretamente a finalização da obra à sua imagem pessoal, em um tom de agradecimento à população e com caráter de propaganda.
Apesar de a Justiça Eleitoral de Realeza ter julgado improcedente a ação na primeira instância, o Ministério Público recorreu e reforçou a tese de que houve promoção pessoal indevida e violação ao princípio da impessoalidade previsto na Constituição Federal. No parecer, o promotor Murilo Euller Catuzo defende a cassação do diploma de Casaril e sua inelegibilidade por oito anos.
O caso envolve ainda o vice na chapa, Dirceu Baldissera, mas neste ponto o Ministério Público opinou pela improcedência da ação, por ausência de provas quanto à sua participação nos fatos.
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