A história de Ana Guaita com o beach tênis começou de forma simples, quase despretensiosa. Aos 12 anos, no fim da pandemia, pegou a raquete no terreno ao lado de casa e começou a bater bola com o pai Wilson, a mãe Karin e a avó Nelci. O que parecia uma brincadeira de família rapidamente virou paixão. “Eu comecei só batendo bola com eles, mas logo me apaixonei pelo esporte”, relembra. Até 2023, ela ainda dividia a rotina entre o tênis de campo e a areia, mas a escolha se impôs naturalmente. “Foi no ano passado que percebi que queria seguir carreira no beach tênis”, conta.
Influência e apoio da família
Se o talento chama a atenção, o suporte da família é o alicerce. O pai, Wilson, é mais do que incentivador: é também treinador e parceiro de treinos. “Ele é um ótimo jogador e meu maior exemplo dentro da quadra. É muito importante ter ele ao meu lado”, destaca. A mãe desempenha papel igualmente fundamental. “Quando ela consegue viajar comigo, fico muito mais tranquila. Em casa, ela me ajuda em tudo para que eu consiga conciliar escola, treinos e torneios.” Já a avó é responsável por abrir caminhos fora das quadras. “É uma grande parceira nessa trajetória. Sou muito grata por ter minha família inteira me apoiando.”
Ana cursa o segundo ano do ensino médio pela manhã e dedica as tardes aos treinos na Arena Cascavel, onde faz preparação física e prática de quadra. “É como uma segunda casa para mim. Ali tenho apoio dos meus treinadores e dos amigos que sempre me incentivam”, relata.
Convocação
O ápice da carreira até aqui veio com a convocação para a Seleção Brasileira Sub-16, que disputará o Pan-Americano em São Paulo, de 25 a 28 de setembro. O anúncio veio cercado de expectativa. “Eu sabia que tinha chance, mas a ansiedade era enorme e não consegui segurar as lágrimas. Foi uma sensação única, de dever cumprido.”
A competição promete grandes desafios. O regulamento pode colocar duplas brasileiras frente a frente já nas fases decisivas, mas Ana aponta também rivais de outros países. “A Itália é muito forte e tem tradição. Espanha e Rússia também vêm crescendo com atletas jovens. Será uma experiência incrível enfrentar jogadoras desse nível.” Antes do Pan, Ana disputará o ITF de Cascavel, justamente na Arena onde treina diariamente.
O torneio, que vale pontos para o ranking mundial, servirá como preparação. “Vai ser especial jogar em casa, cercada de amigos e familiares. Quero aproveitar cada momento.”
Sobre o futuro, a jovem não esconde a ambição: “Quero seguir evoluindo, conquistar títulos e chegar ao top 10 mundial. Representar o Brasil é uma honra e um combustível a mais para buscar meus objetivos.”
Momentos com família e competições

Fotos;Arquivo pessoal