Cannabis medicinal e dor crônica

Uma das explicações para o aumento do uso de canabinoides pode ser a chamada crise dos opioides, em que a dependência e mortes por overdose

Cannabis medicinal e dor crônica

Uma das explicações para o aumento do uso de canabinoides pode ser a chamada crise dos opioides, em que a dependência e mortes por overdose por uso abusivo destas medicações, tem gerado um grande impacto social.

O tema cannabis medicinal ainda é polêmico no Brasil e é visto com ressalvas. Além disso, os canabinoides são cercados por considerável controvérsia na mídia e na sociedade.

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Uma das explicações para o aumento do uso de canabinoides pode ser a chamada crise dos opioides, em que a dependência e mortes por overdose por uso abusivo destas medicações, tem gerado um grande impacto social.

O termo maconha medicinal é incorreto e deve ser evitado no meio científico, haja vista que os medicamentos utilizados são compostos de duas substâncias retiradas dos botões das flores das plantas femininas Cannabis sativa/indica/ou híbrida: o tetraidrocannabidiol (THC ) e cannabidiol (CBD).

O corpo humano produz, sob demanda, substâncias endocanabinoides, como, CB1 e CB2.

O CB1 está presente principalmente no sistema nervoso central e periférico e é responsável pela maioria dos efeitos neurocomportamentais, atuando na dor e transtornos do humor. O CB2 está presente principalmente no sistema imunológico e atua modulando resposta inflamatória.

Os canabinoides são uma ferramenta na gestão do paciente com dor crônica, podendo diminuir até 50% as escalas de dor. Seus efeitos relatados são: diminuição de dor, aumento da tolerância a dor, melhora da qualidade de vida, retorno as atividades de vida diária. Aparentemente não tem efeito curativo da dor, assim como qualquer outro medicamento.

Os principais estudos em dor são: dores neuropáticas crônicas; fibromialgia; esclerose múltipla; espondilite anquilosante; dor por lesão medular; dor oncológica e como coadjuvante para melhora do humor e sono. Não é recomendado para dores agudas, episódicas ou pós-cirúrgicas.

Tratamento

Para o tratamento de dor, a via indicada é geralmente a oral (na forma de spray oral, pods eletrônicos, ou óleos).

Nos casos de dor crônica, a formulação mais prescrita é a relação THC:CBD um para um.

Foi observado que as medicações com composição única de CBD ou THC geram muitos efeitos colaterais, chamados efeito entourage. Para eliminar isso, é necessário a mistura das duas substâncias. A dosagem de cada uma vai depender da patologia a ser tratada.

Efeitos colaterais

Dependem da dose e da quantidade de CBD e principalmente THC: boca seca, distúrbios neurovegetativos e psicológicos, tontura, dificuldade de dirigir, entre outros, assim como a bula de qualquer medicamento de venda livre.

Segurança

Estudos mostram que é um medicamento seguro, com baixas taxas de dependência (cerca de 10%) e quase nulo risco de morte por overdose.

É uma droga classe C, portanto, contraindicada na gravidez e amamentação. Por ser uma substância psicoativa, deve-se orientar cuidado para dirigir ou trabalhar com máquinas.

Podem ser prescritos para idosos. Todavia, sua prescrição deve ser evitada para adolescentes, pois nesta fase da vida, o sistema nervoso está mais susceptível a dependência ou desenvolvimento de doenças psiquiátricas, como esquizofrenia.

 

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