A Cátedra de Empoderamento e Empreendedorismo Feminino (Ceef) da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) realizou mais uma formatura. Desta vez as participantes de Irati receberem seus certificados. No total, 165 mulheres integraram a iniciativa no município.
Loide Salache, coordenadora do projeto, lembra que a formação já foi concluída em 18 cidades. “Para nós, é uma grande satisfação. Temos 24 municípios com parceria formalizada e agora estamos com a demanda de mais três cidades litorâneas do Paraná. É um público significativo de meninas e mulheres que participam em busca de um futuro melhor”, ressalta.
Fruto de uma parceria entre a Unicentro e a Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), a Cátedra conta ainda com o apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). O curso oferece 20 horas de formação voltada ao desenvolvimento pessoal, ao empreendedorismo e à autonomia feminina.
“No projeto, as participantes começam a ter consciência do poder que elas têm e onde elas podem chegar. Nosso objetivo é que elas tenham tanto uma autonomia econômica quanto uma independência emocional”, afirma Adriana Siuta, coordenadora de Fomento ao Protagonismo Feminino, órgão vinculado à Semipi.
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Em Irati, o curso foi ministrado pela professora Sheila Fabiana de Quadros. Ela reforça a importância de trazer uma visão aprofundada do que é o empoderamento feminino. “Ainda que seja uma palavra banalizada no contexto atual, nós retomamos o empoderamento pela ciência, pelo estudo e pelas formas que toda mulher deve ter acesso aos equipamentos de assistência social, de saúde, de educação e de autoconhecimento”, pontua.
Para a vice-prefeita de Irati, Larissa Mazepa, projetos como esse contribuem para a redução da violência de gênero no município. “Infelizmente, temos aqui na região muitas mulheres que sofrem agressões e violências que podem levar ao feminicídio. Muitas permanecem nessa situação por causa do sustento ou para não prejudicar os filhos. Graças a iniciativas como essa, a gente pode mostrar para essas mulheres toda a força que elas têm, que elas podem ser independentes e ser quem leva o subsídio para casa”, enfatiza.
“Nós criamos um vínculo aqui. Aprendemos muitas coisas, tivemos um acolhimento e falamos sobre temas que realmente fazem parte do nosso cotidiano. A professora nos proporcionou muitos questionamentos. Foi bem interessante, eu só tenho a agradecer”, afirma Edi Lisboa Martin, integrante do projeto.