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Cidadania Benemérita: Assembleia reconhece originalidade de Denise Stoklos e os seus 57 anos dedicados aos palcos

Criadora do método teatral “Teatro Essencial”, a atriz, diretora e escritora paranaense nascida em Irati já se apresentou em 33 países.
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Cidadania Benemérita: Assembleia reconhece originalidade de Denise Stoklos e os seus 57 anos dedicados aos palcos

Criadora do método teatral “Teatro Essencial”, a atriz, diretora e escritora paranaense nascida em Irati já se apresentou em 33 países.
Cidadania Benemérita: Assembleia reconhece originalidade de Denise Stoklos e os seus 57 anos dedicados aos palcos

Ao longo de 57 anos, a atriz, diretora e escritora paranaense Denise Stoklos fez história nos palcos nacionais e internacionais, sendo responsável pelo desenvolvimento do método teatral “Teatro Essencial”. Ela soma apresentações em 33 países e em sete idiomas distintos. Nesta terça-feira (21), a grandeza da artista foi reconhecida pela Assembleia Legislativa do Paraná, que lhe concedeu o título de Cidadã Benemérita do Estado do Paraná.

“Ela é uma inspiração porque tem toda uma maneira própria de representar que é característico dela. Pela interpretação, pelos gestos, pela forma como ela faz isso com maestria. Para nós e para toda cultura paranaense, é uma honra”, reforça a deputada Cristina Silvestri (PP), proponente da honraria e consagrada pela Lei n° 22407/2025. A norma, também de autoria de Silvestri, foi aprovada por unanimidade pelo Parlamento.

“Ser homenageada no próprio Estado é o que mais conta. A gente pode viajar o mundo, mas o lugar onde a gente nasceu é o que é o mais importante”, reconhece a artista, descendente de ucranianos e nascida em Irati, cidade do Sudeste do Paraná.

Durante a cerimônia, realizada no Salão Nobre da Casa de Leis, Stoklos esteve acompanhada de familiares e dedicou a homenagem aos filhos e netos. Hoje radicada na cidade de São Paulo, ela visita o Paraná para ver os seus e cumprir sua agenda de espetáculos. No fim de novembro, ela traz o espetáculo “Mary Stuart” ao teatro Guairinha, em Curitiba.

Trajetória

Sua relação com as artes cênicas teve início enquanto a artista cursava sociologia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) e jornalismo na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ao recordar uma memória especial, Stoklos cita a primeira apresentação de sua carreira, realizada no Teatro de Bolso, em Curitiba, em 1968. Com apenas 18 anos, levou ao palco a peça “Círculo na Lua, Lama na Rua”, de sua autoria. “Foi a partir dali que comecei a trabalhar em todas as outras produções”, conta.

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Quatro anos mais tarde, marcou história em outro importante capítulo das artes cênicas do Paraná: esteve na estreia teatral do Teatro Paiol, em Curitiba, com a peça “Arena Conta Tiradentes”. “A gente está sempre em contato com o mundo paranaense teatral, que é muito bom. Aqui temos personalidades muito importantes”, reconhece a artista.

Em 1977, mudou-se para Londres e especializou-se em mímica, desenvolvendo o seu estilo próprio de performances solo, detalha o projeto de lei que resultou na honraria. No início de 1980, na Califórnia, continuou seus estudos e montou o seu segundo solo, chamado “Elis Regina”. Dois anos mais tarde, integrou a novela da Rede Bandeirantes, “Ninho da serpente”.

Em 1987, apresentou “Mary Stuart” em Nova York. Lá, foi convidada a fazer outras duas peças. Em 1993, recebeu o Prêmio da Fundação Guggenheim, de Nova York, e publicou o romance “Amanhã será tarde e depois de amanhã nem existe”, adaptado mais tarde para teatro solo. Em 2000, foi convidada pela Universidade de Nova York para ensinar seu método teatral “Teatro Essencial”.

“Hoje eu faço hoje o meu próprio trabalho. Gosto de teatro essencial, onde o ator é o centro de tudo. O meu trabalho é o trabalho do ator. Quase não uso elementos cenográficos, nem figurinos, nem nada especial. É um ator sozinho no palco se dirigindo, compondo seu próprio texto, fazendo seus próprios gestos”, explica a atriz.

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