Colchões magnéticos: durma com uma pseudociência destas

Para produzir efeitos perceptíveis, campos magnéticos precisam ser muito mais intensos, como os das máquinas de ressonância magnética.

Colchões magnéticos: durma com uma pseudociência destas

Para produzir efeitos perceptíveis, campos magnéticos precisam ser muito mais intensos, como os das máquinas de ressonância magnética.
Diferentes estudos no Brasil e nos EUA apontam que de uma em cada três pessoas a até mais de 70% dos adultos sofrem ou relatam problemas para dormir ou durante o sono
Diferentes estudos no Brasil e nos EUA apontam que de uma em cada três pessoas a até mais de 70% dos adultos sofrem ou relatam problemas para dormir ou durante o sono

O sono é uma necessidade fisiológica básica, como comer e respirar, e as estimativas são de que passamos – ou, ao menos, deveríamos passar – cerca de um terço de nossas vidas dormindo. Assim, se ficarmos muito tempo sem dormir, ou dormindo mal, nosso corpo começa apresentar sinais de colapso, com a privação de sono por longo prazo chegando a levar à morte. A primeira a sofrer é nossa cognição, com dificuldades crescentes de atenção, memória e raciocínio, mas logo também surgem consequências físicas e psicológicas, que vão de mais chances de depressão, ansiedade e demência, e maior risco de desenvolver condições como obesidade, doenças cardíacas, hipertensão e diabetes.

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Dada sua importância para a saúde, é preocupante a prevalência de distúrbios do sono na população em geral, numa proporção que vem aumentando nos últimos anos. Diferentes estudos no Brasil e nos EUA apontam que de uma em cada três pessoas a até mais de 70% dos adultos sofrem ou relatam problemas para dormir ou durante o sono, que incluem de insônia a roncos e apneia, passando por terrores noturnos, síndrome das pernas inquietas, hipersonia (ou sonolência excessiva) e narcolepsia, numa extensa lista de mais de 80 desordens diferentes.

Tal contingente de afetados, no entanto, também é um alvo sedutor, e lucrativo para produtos que prometem muito e entregam pouco (ou nada). Um exemplo disso são os chamados “colchões magnéticos”, com algumas marcas sendo comercializadas a preços muitas vezes superiores aos dos convencionais. Num passo além dos vendedores “fantasiados” de médicos, com seus sempre presentes jalecos brancos, das lojas de marcas de colchão “comuns”, os fabricantes e representantes da variedade “magnética” recorrem a termos e conceitos de aparência científica para, mais que vender conforto, prometer benefícios fisicamente implausíveis à saúde – ou nada além do que seria esperado de hábitos de sono regulares –, em estratégias típicas das pseudociências.

Na verdade, para produzir efeitos perceptíveis no corpo humano, campos magnéticos precisam ser muito mais intensos, como os das máquinas de ressonância magnética usadas para fazer exames de imagem em laboratórios, clínicas e hospitais.

Mas os fabricantes e revendedores destes colchões não se limitam ao magnetismo na hora de propagandear os efeitos e supostos benefícios de seus produtos. Muitas vezes, além dos ímãs, incluem pastilhas de materiais que, alegam, emitem radiação infravermelha e íons (átomos eletricamente carregados), por exemplo, que teriam propriedades curativas ou trariam bem-estar aos seus usuários.

Mais recentemente, o marketing destes colchões passou a adotar o termo “quântico” em seu discurso sobre os benefícios dos produtos, incorporando assim outro termo “da moda” nas pseudociências em geral nos últimos tempos. Não caia nessa enganação.

Quando for escolher um colchão, dê preferência para os que mais se adaptam ao seu bolso e a sua coluna. Quando o casal for escolher um colchão, sempre o mais pesado deve decidir a densidade. Para quem tem problema na coluna, o melhor são os de densidade mais alta.

 

 

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