.

Conferência da Mata Atlântica vai aprofundar discussões sobre clima e economia verde

Evento voltado para a preservação do meio ambiente vai reunir governadores de estados das regiões Sul e do Sudeste, como parte da agenda do 13°
Picture of Por: Jornalismo

Por: Jornalismo

Todos os Posts

Conferência da Mata Atlântica vai aprofundar discussões sobre clima e economia verde

Evento voltado para a preservação do meio ambiente vai reunir governadores de estados das regiões Sul e do Sudeste, como parte da agenda do 13° Encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), representantes do Consórcio Brasil Verde, além de lideranças ambientais e sociais.
Conferência da Mata Atlântica vai aprofundar discussões sobre clima e economia verde

Três dias, mais de 20 horas e um time com 30 especialistas vão debater como a Mata Atlântica pode mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Promovida pelo Governo do Paraná, a primeira edição da Conferência da Mata Atlântica começa nesta terça-feira (19), às 9 horas, no Teatro Guaíra, em Curitiba. O evento vai reunir governadores de estados das regiões Sul e do Sudeste, como parte da agenda do 13° Encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), representantes do Consórcio Brasil Verde, além de lideranças ambientais e sociais.

A programação da Conferência segue na quarta (20) e quinta-feira (21), com palestras e painéis no Salão de Atos do Parque Barigui e na Capela Santa Maria, também na capital paranaense. Confira a agenda completa AQUI.

“O que objetivamos é fazer uma grande reflexão sobre como proteger os biomas do Brasil, especialmente a Mata Atlântica, que tanto nos fala ao coração. Vamos debater estratégias de preservação com efeito prático no combate às mudanças climáticas”, destacou o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Rafael Greca.

🚨 Receba as notícias em primeira mão!
Entre no nosso grupo no WhatsApp ou canal no Telegram!

Além dos chefes dos Executivos de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, com abertura comandada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, o primeiro dia de discussões terá a palestra do pesquisador e cientista climático, Carlos Nobre. O painel “Emergência Climática: Desafios a Enfrentar” começa às 14 horas no Parque Barigui.

Membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Nobre é reconhecido internacionalmente pelo trabalho acadêmico sobre clima e aquecimento global. “Não restam dúvidas: os níveis atmosféricos de gás carbônico (CO2) estão 40% mais altos do que eram em 1750. Necessitamos reduzir fortemente as emissões e aumentar drasticamente as remoções de CO2”, disse ele, durante palestra na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A agenda da terça-feira (19) prevê ainda o painel “Contexto geral e perspectivas da COP30 para a agenda de clima no Brasil – o papel da União, dos estados e dos municípios na governança climática nacional”, a partir das 15h35.

Participam Bianca Brasil, representante da Organização das Nações Unidas para Biodiversidade e Conservação; Renato Casagrande, governador do Espírito Santo; Rafael Greca, secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável; Rodrigo Perpétuo, diretor-executivo para a América do Sul da ICLEI-Governos Locais pela Sustentabilidade; Guilherme Syrkis, diretor-executivo do Centro Brasil no Clima (CBC); e o prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel.

A partir das 17h20, com o tema “Conservação da Biodiversidade”, o painel será comandado por Julie Messias, da NBS Alliance; Clóvis Borges, da organização Grande Reserva Mata Atlântica; Guilherme Dias, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA); Malu Nunes, da Fundação Boticário; e Rafael Andreguetto, diretor de Políticas Ambientais da Sedest.

Às 17h20, o encontro é sobre “Agricultura Sustentável e Soluções Baseadas na Natureza”, com o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Márcio Nunes; Jay Amstel, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); Mariana Coelho, da National Finance Expert, UNIDO; e Ricardo de Figueiredo, da Net Zero.

“É um prazer voltar a uma cidade que historicamente sempre fez tanto pela agenda ambiental. É muito importante o mundo ver os exemplos de Curitiba”, disse Amstel, em entrevista recente divulgada pela Prefeitura de Curitiba.

SEGUNDO DIA – Na quarta-feira (20), a programação será aberta às 9 horas, com o painel “Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa”, com Victor Anequini, do Anuário Centro Brasil no Clima (CBC); Rafaela Queiroz e Davi Bomtempo, da Confederação Nacional da Indústria (CNI); Daniel Matos, da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP); Diego Blanc, da C40; e Ety Carneiro, do Hospital Pequeno Príncipe.

A partir das 11 horas, a discussão é sobre “Adaptação às Mudanças Climáticas”, com Paulo de Tarso, diretor-presidente do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar); Marilza Dias, secretária Municipal do Meio Ambiente de Curitiba; Axel Grael, engenheiro Florestal, ambientalista e ex-prefeito de Niterói (RJ); Regiane Borsato, do Instituto Life; e Maria Tereza Uille, advogada e doutora em Sociologia.

À tarde, novamente a partir das 14 horas, os encontros são sobre “Instrumentos e Mecanismos de Financiamento e Fundos Climáticos”, com Ana Zornig Jayme, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba; Fernando Campos, gerente de Finanças de Conservação e Clima da Sitawi; Marta Bandeira de Freitas, gerente de Mudanças Climáticas do Departamento de Sustentabilidade do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Também participam Dayene Peixoto, coordenadora-geral de Projetos Sociais e Sustentabilidade do Ministério do Planejamento; e Lisiane Astarita de Limas, gerente de Planejamento e Novos Negócios do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

Já o painel “Justiça Climática e Governança”, às 16 horas, reúne Mario Mantovani, da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (ANAMA); Isabela Barbosa, do ICLEI-Governos Locais pela Sustentabilidade; Ivens Zschoerper Linhares, presidente do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR); o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli; o promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Paraná, Daniel Pedro Lourenço; e Romancil Gentil Cretã, liderança indígena, coordenador Executivo Região Sul da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).

ÚLTIMO DIA – Para finalizar, na quinta-feira (21), a palestra será sobre “O Futuro dos Negócios é Sustentável: Como o ESG Redefine o Sucesso Corporativo”, ministrada por Rafael Greca e Rosana Jatobá, jornalista especializada em Sustentabilidade.

Haverá, ainda, a consolidação e divulgação da Carta de Curitiba para o meio ambiente. “Mais de 70% dos brasileiros, assim como nós, vivem na Mata Atlântica. É necessário cuidar desse bem tão precioso, afinal de contas, as árvores que nós plantarmos hoje serão a sombra dos que vão nascer”, afirmou Greca.

MATA ATLÂNTICA – O bioma abrange 17 estados brasileiros, correspondendo a 15% do território nacional. Atualmente vivem na Mata Atlântica 72% dos brasileiros, concentrando 70% do PIB nacional.

O Paraná lidera os projetos relacionados à região geográfica no âmbito do Consórcio Brasil Verde, iniciativa dos governos estaduais para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas e reduzir a emissão de carbono no País. O Estado é responsável pela coordenação dos projetos voltados ao bioma desde 2023.

Com 99% do seu território inserido na Mata Atlântica, o Paraná conta com uma das maiores áreas remanescentes de floresta no País – são mais de 2,3 milhões de hectares preservados. Além disso, foi considerado o estado mais sustentável do Brasil pelo Ranking de Competitividade dos Estados por quatro vezes consecutivas.

Em 2023, o Cosud formalizou um protocolo de intenções chamado de “Tratado da Mata Atlântica”, visando a união de esforços para a preservação, conservação e a utilização racional dos recursos naturais do bioma, mediante a adoção de ações conjuntas e coordenadas para promover o desenvolvimento harmônico e o alcance de resultados mutuamente proveitosos.

Entre os objetivos do protocolo estão o planejamento integrado de corredores ecológicos regionais, com foco na gestão territorial, por meio do compartilhamento de experiências entre os estados e da adoção integrada de instrumentos e estratégias de monitoramento, de fomento à restauração e conservação de ecossistemas e paisagens e da bioeconomia.

Visa também a integração de estratégias, tecnologias, metodologias, dados e informações geoespaciais para aumentar a eficiência na fiscalização ambiental e combater o desmatamento ilegal.

Galeria de Imagens

*Os comentários são de responsabilidade exclusiva dos leitores e não representam a opinião do site.
Reservamo-nos o direito de aprovar ou remover comentários que considerarmos inadequados ou que violem nossas diretrizes.

Podcast

Edição impressa

Edição 287
Última edição

Edição de 15/08/2025

Publicada em 15/08/2025

Usamos cookies e tecnologias para melhorar sua experiência, personalizar anúncios e recomendar conteúdos.
Ao continuar, você concorda com isso. Veja nosso novo Aviso de Privacidade em nosso Portal da Privacidade.