O deputado estadual Delegado Tito Barichello (União) apresentou o Requerimento nº 1764/2025 na Assembleia Legislativa do Paraná, solicitando o envio de expediente ao Secretário de Segurança Pública do Estado. O pedido visa a realização de estudos técnicos para incluir o exame toxicológico como critério obrigatório nos concursos públicos das forças de segurança estaduais, além da implantação de exames toxicológicos anuais para todos os servidores já em atividade.
A proposta abrange a Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Científica, Polícia Penal e o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná. A medida tem como objetivo reforçar a integridade, a ética e a aptidão dos profissionais que atuam diretamente na proteção da população e na preservação da ordem pública.
Segundo o deputado, o uso de substâncias psicoativas pode comprometer o discernimento, a capacidade de reação, a tomada de decisões e até colocar em risco a vida de colegas e civis. “O exame toxicológico busca prevenir o uso de substâncias que afetem diretamente a atuação do servidor, a segurança das operações e a imagem institucional das corporações”, afirmou..
Além disso, ele ressalta que o exame não se trata de uma medida punitiva, mas preventiva e de responsabilidade pública, assegurando que apenas profissionais plenamente aptos assumam ou permaneçam em funções tão sensíveis. “Estamos falando de cargos de altíssima responsabilidade. Quem usa drogas ilícitas, por exemplo, não está em condições de portar uma arma, conduzir operações ou tomar decisões que afetam diretamente a vida de outras pessoas”, completou.
A proposta está alinhada a diretrizes da Política Nacional sobre Drogas (PNAD) e segue o exemplo de estados que já adotaram medidas semelhantes, como São Paulo e Goiás. Em alguns desses locais, o exame toxicológico já é exigido tanto para ingresso quanto como parte da rotina dos servidores da segurança pública.
Confiança e credibilidade
A iniciativa também busca resgatar e fortalecer a confiança da sociedade nas instituições de segurança pública. Ao garantir que seus agentes estejam livres do uso de substâncias ilícitas, o Estado transmite uma mensagem clara de compromisso com a legalidade, a ética e a responsabilidade institucional.
“Esse tipo de medida traz benefícios diretos à população e também aos próprios profissionais, que passam a integrar uma corporação mais qualificada, segura e respeitada”, finalizou o deputado delegado Xerifão.