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Deputados da Oposição solicitam isenção do ICMS para produtos artesanais da agricultura familiar

O deputado Professo Lemos (PT) pressiona por retirada do imposto em produtos artesanais, já a deputada Luciana Rafagnin (PT) sugere mudanças no modelo tributário.
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Deputados da Oposição solicitam isenção do ICMS para produtos artesanais da agricultura familiar

O deputado Professo Lemos (PT) pressiona por retirada do imposto em produtos artesanais, já a deputada Luciana Rafagnin (PT) sugere mudanças no modelo tributário.
Deputados da Oposição solicitam isenção do ICMS para produtos artesanais da agricultura familiar

Parlamentares da Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná reforçaram a necessidade de mudanças na política tributária estadual para beneficiar os produtos artesanais da agricultura familiar. Durante audiência pública de prestação de contas da Secretaria da Fazenda (Sefa), o deputado Professor Lemos (PT) defendeu a adesão do Estado ao Convênio 181 do Confaz, que prevê isenção de ICMS sobre esses produtos. Já a deputada Luciana Rafagnin (PT), líder do Bloco Parlamentar da Agricultura Familiar, protocolou expediente à pasta com propostas de ajustes no modelo tributário aplicado ao setor.

Pleito no Confaz

Professor Lemos lembrou que a Assembleia já aprovou requerimento de sua autoria solicitando que o Paraná adote o convênio, a exemplo de estados como São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Segundo ele, a ausência dessa adesão coloca os produtores paranaenses em desvantagem competitiva.

“A retirada do ICMS fortalece a agricultura familiar e o Estado do Paraná. Temos queijos premiados internacionalmente em cidades como Ponta Grossa, Santana do Itararé, Londrina e Arapoti, que precisam de melhores condições para competir”, afirmou.

O secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, respondeu de forma positiva ao pedido. “Nenhuma dificuldade em introduzirmos na nossa legislação o convênio do Confaz. Já conversamos com a equipe e, no próximo encontro do conselho, dia 3 de outubro, em Porto Alegre, vamos pautar a adesão do Paraná para formalizar a questão na legislação estadual”, declarou.

Propostas de ajustes tributários

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Luciana Rafagnin, por sua vez, encaminhou requerimento solicitando que a Secretaria da Fazenda avance em medidas para corrigir distorções no tratamento fiscal aplicado à produção artesanal. Para a deputada, o modelo atual, sobretudo nas operações interestaduais, prejudica a competitividade frente à produção industrial.

“Estamos tratando de um segmento responsável pela maior parte da produção dos alimentos consumidos pela população brasileira. São homens e mulheres do campo que produzem arroz, feijão, leite, frutas, hortaliças e diversos itens essenciais”, afirmou.

Segundo dados oficiais, o Paraná é o segundo maior produtor de leite do Brasil, com 12,9% da produção nacional. São cerca de 110 mil produtores, dos quais 86% são agricultores familiares. A região Sudoeste concentra a maior bacia leiteira, com produção anual de 1,8 bilhão de litros.

Luciana ressaltou ainda que a falta de mecanismos de identificação nas notas fiscais eletrônicas impede a diferenciação entre produtos artesanais e industriais, dificultando a formulação de políticas públicas. Entre as propostas apresentadas à Sefa estão a inclusão da identificação de produtos artesanais e coloniais nas notas fiscais eletrônicas; isenção do ICMS em operações interestaduais envolvendo esses produtos; e ampliação do limite de faturamento anual para enquadramento no programa Fábrica do Agricultor.

“Ainda que existam avanços pontuais, os produtos artesanais continuam sofrendo com a falta de um tratamento fiscal condizente com sua importância econômica e social. Precisamos avançar para que esses produtores tenham condições reais de competir no mercado e crescer”, concluiu.

 

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