Na manhã desta terça-feira (1º), um grupo formado por empresários, moradores e simpatizantes do Bairro São Cristóvão realizou uma manifestação pacífica em frente ao imóvel localizado na Rua Santa Catarina, nº 924, onde está sendo implantado o novo Centro POP de Cascavel. A ação começou por volta das 9h e teve como objetivo demonstrar indignação com a escolha do local para abrigar o serviço voltado ao atendimento de pessoas em situação de rua.
Com camisetas nas cores branca e preta, cartazes com mensagens como “Segurança para nossas famílias” e “Centro POP sim, mas em local adequado”, os manifestantes expressaram preocupação com a segurança de moradores, crianças, idosos e pacientes das clínicas médicas que funcionam na região.
“Não somos contra o atendimento às pessoas em situação de rua. Sabemos da importância do trabalho social. O que não concordamos é com a instalação em um local impróprio, cercado por residências e serviços de saúde”, afirmaram os organizadores do protesto.
Durante o ato, foram coletadas assinaturas em um abaixo-assinado que será encaminhado às autoridades municipais. Os participantes também registraram a manifestação em fotos e vídeos, que estão sendo divulgados nas redes sociais para ampliar a repercussão do movimento.
A principal crítica dos moradores é quanto ao impacto que o fluxo constante de usuários do serviço poderá trazer ao bairro. “Sabemos que muitos dos atendidos podem estar sob efeito de drogas, com comportamentos imprevisíveis. Isso gera insegurança para quem vive e trabalha na Rua Santa Catarina e imediações”, declarou uma empresária local.
A instalação do novo Centro POP é parte das políticas públicas municipais voltadas à população em situação de rua, oferecendo acolhimento, atendimento psicossocial e suporte para reinserção social. No entanto, os manifestantes defendem que o serviço deve ser prestado em áreas com infraestrutura mais adequada e distantes de zonas residenciais e de clínicas médicas.
O movimento reforçou que a mobilização continuará de forma pacífica e organizada até que haja uma reavaliação da escolha do local. “Estamos unidos por segurança, bom senso e respeito a todos os envolvidos — inclusive às pessoas em situação de vulnerabilidade social, que também merecem atendimento digno, mas sem prejudicar outras comunidades”, concluíram.
A Prefeitura de Cascavel ainda não se manifestou oficialmente sobre os pedidos do grupo.