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Fecomércio PR avalia isenção do IR para rendimentos até R$ 5 mil

Entidade considera medida positiva e socialmente justa, mas alerta para impactos no setor produtivo caso não haja compensações adequadas 06/10/2025
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Fecomércio PR avalia isenção do IR para rendimentos até R$ 5 mil

Entidade considera medida positiva e socialmente justa, mas alerta para impactos no setor produtivo caso não haja compensações adequadas 06/10/2025
Fecomércio PR avalia isenção do IR para rendimentos até R$ 5 mil

O projeto de lei que prevê a isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para rendimentos de até R$ 5 mil, aprovada pela Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado, é classificada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) como uma medida positiva e socialmente justa, que beneficia principalmente a população de menor renda. O posicionamento está alinhado ao da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que destaca a importância de ajustar a tributação à capacidade econômica real do contribuinte. 

No entanto, tanto a CNC quanto a Fecomércio PR demonstram preocupação com a forma de financiamento da medida. A possibilidade de tributar lucros e dividendos, sem contrapartidas estruturadas, pode gerar aumento da carga tributária sobre empresas. 

Atualmente, as empresas brasileiras já enfrentam uma das cargas mais elevadas do mundo sobre o lucro, que pode chegar a 34%, considerando a soma do IRPJ (15%), AIRPJ (10% sobre lucros acima de R$ 20 mil/mês) e da CSLL (9%). Com a tributação de dividendos, esse somatório de alíquotas pagas sobre os lucros das empresas seria ainda maior. Além do mais, configuraria como dupla cobrança, uma vez que a empresa já recolhe esses tributos e a figura do sócio, na pessoa física, passaria a pagar novamente. A CNC e a Fecomércio PR alertam que tal medida afetaria não somente grandes acionistas, que recebem seus investimentos mediante dividendos, mas pequenos negócios e empresas familiares, que utilizam esse formato para a remuneração de seus sócios.  

O assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, reforça que a proposta deve ser acompanhada de ajustes que não comprometam o setor produtivo. 

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“Isso poderia aumentar a carga tributária total, penalizando pequenos empresários que dependem desses lucros como renda familiar e incentiva a informalidade. As empresas brasileiras já pagam muito, cerca de 34% sobre o lucro, e cobrar novamente na pessoa física do sócio, via dividendos, seria bitributação, prejudicando investimentos e a competitividade do setor empresarial”, avalia.  

As entidades lembram ainda que, no Brasil, a arrecadação é concentrada no consumo e na folha de pagamento, afetando proporcionalmente mais consumidores e pequenas empresas. Para a Fecomércio PR, é essencial que a política tributária seja acompanhada de ajustes que não prejudiquem a competitividade das empresas nem aumentem a carga tributária sobre o setor produtivo, garantindo equilíbrio entre justiça social e estímulo à atividade econômica. 

 

Karla Santin – jornalismo@fecomerciopr.com.br | (41) 3883-4530 – WhatsApp (41) 99236-3335

 

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