Por Carina Walker
Você pegou o celular para consultar o saldo bancário, acabou clicando no aplicativo da sua rede social favorita e esqueceu o que iria fazer?
Bem-vindo(a) ao mundo das distrações.
São tantas marcas, anúncios, personalidades e perfis disputando a nossa atenção que esse comportamento tem se tornado cada vez mais comum.
É nesse universo que as grandes empresas vêm adotando uma estratégia de redesign de marca para facilitar a sua assimilação pelos consumidores.
Para serem rapidamente assimiladas e lembradas, marcas de veículos, softwares, alimentos e tantas outras adotam o “flat design” como alternativa para se destacarem nesse universo poluído de informações.
Mas o que é o flat design?
É um design de marca plana, lisa, chata, sem volume, textura, detalhes, sombras ou elementos que simulem tridimensionalidade.
Esse modelo de design visa justamente limpar os logotipos de ruídos e distrações visuais, a fim de simplificar as marcas.
Já foi adotado por marcas como Microsoft, Pepsi, Netflix, Mastercard e também Audi, Volkswagen, Renault, Kia, entre outras.
Essa tendência de design surgiu em contraponto os estilo realista, que predominava até então.
Design realista
Nesse conceito, também conhecido como “skeumorfismo”, as marcas optavam por uma estética visual que usava detalhes e elementos para representar objetos físicos da vida real. Um exemplo é a bússola que representa o navegador, além de outros elementos até então utilizados pela Apple e abandonados a partir da versão iOS 7.
O “skeumorfismo” foi importante no contexto da familiarização das interfaces digitais quando do início da popularização dos computadores e smartphones. Isso porque contribuía para a pregnância (affordance), fazendo com que os ícones fossem reconhecidos e utilizados na exata função para a qual foram projetados, sem a necessidade de uma explicação prévia.
Menos é mais
No entanto, com o avanço dos conceitos de usabilidade, o flat design passou a ser a melhor alternativa para uma experiência limpa de navegação. E logo passou a ser incorporado no contexto das marcas.
Redes sociais, como o próprio Instagram, também já se serviram dos dois tipos de estéticas visuais.
No início, seu ícone era uma câmera fotográfica com sombras, textura e curvas realistas.
Posteriormente, ele adotou a marca plana com menos elementos, fazendo com que o cérebro do usuário encontre mais facilmente o ícone do Instagram – inclusive favorecendo com que você clique no aplicativo para se distrair.
Portanto, o flat design descomplica os elementos visuais, servindo como atalho para que ícones e marcas sejam mais rapidamente identificadas em meio ao “caos”.
Agora que você já sabe, quando andar por aí e perceber que uma marca ficou mais “simples” é porque ela está atualizada com as tendências de design, em que o conceito “menos é mais” pode ser a “chave” para entrar na sua mente.
Sucesso a todos!
Fonte: Carina Walker