Já parou para pensar como as pessoas lidam com suas próprias convicções?
Estamos sempre defendendo nossos pontos de vista em todas as situações.
Podemos até ser negligentes nos critérios que utilizamos para formulação das nossas opiniões, mas assim que as temos, fazemos de tudo para sustentá-las como sendo corretas.
Quando você entender isso e conseguir se colocar no lugar do outro durante a comunicação, compreenderá melhor as razões dele e conseguirá agir de forma mais empática a fim de conquistá-lo para o seu modo de pensar.
Nunca diga
Escolher bem as palavras e saber como se posicionar vai além de saber o que dizer, pois para ter uma comunicação estratégica também precisamos ter ciência sobre o que não dizer.
Se você quer persuadir outras pessoas é evidente que deveria evitar palavras que “jogam contra” o seu objetivo.
Três delas foram estipuladas pelo escritor Dale Carnegie, em seu mais famoso livro escrito há mais de 80 anos, e cujos ensinamentos permanecem atuais e pulsantes.
O autor preconiza que, para termos maior sucesso na comunicação interpessoal, jamais devemos usar a expressão: “Você está errado”.
Esta afirmação soa como um ataque às convicções daquele com o qual você está interagindo.
Mesmo que seja inconsciente, a pessoa se sentirá atacada por você, de modo que essa condição de ameaça o colocará em alerta quanto à necessidade de contra-atacar.
Lembre-se: para convencer as pessoas é preciso conquistar aliados e não inimigos.
Respeito
Quando você pontua que a outra pessoa está errada, imediatamente evoca os sentimentos de repulsa, contrariedade, hostilidade. Após despertá-los, você afastará suas chances de fazer com que a pessoa reconheça o “erro” dela.
Portanto, apontar os erros alheios não é uma boa estratégia. “Se quer tirar mel, não espante a colmeia”, metaforiza Carnegie.
Esse princípio vale para praticamente todas as situações de interação humana: familiar, social, profissional – especialmente no mundo dos negócios.
Respeitar a opinião alheia não é apenas uma questão de valores ou virtudes – na comunicação, essa postura é estratégica.
Quando nos mostramos simpáticos às ideias do outro aumentamos a disposição dele em cooperar conosco.
O que fazer, então?
Eu sei que nesta hora você está indignado(a) pensando: entendi, mas se a pessoa realmente estiver errada e não posso falar, o que vou fazer, então?
O primeiro passo é afirmar que respeita a opinião do outro. Desse modo, você se posicionará como alguém que não oferece risco – e evitará reação contrária à sua fala.
Em seguida, um bom orador encontra caminho a partir das técnicas de coaching, que orientam levar o interlocutor à reflexão por meio de perguntas.
Você pode fazer perguntas que levem a compreensão do interlocutor a outra direção, resgatar a causa raiz, a origem daquele pensamento dele, fazer correlações, apontar possíveis desdobramentos, expor as consequências que eventualmente não haviam sido levadas em consideração no posicionamento dele.
Faça colocações que levem a pessoa a considerar outras possibilidades, assim como visando conquistar mais aliados que porventura estiverem participando da conversa.
Use números, dados, resgate acontecimentos, fatos históricos, exemplos, citações capazes de levar o interlocutor a, ele mesmo, chegar à conclusão de que está errado.
Parafraseando Galileu: “Melhor do que ensinar a verdade a alguém é ajudá-lo a encontrá-la por si mesmo”.
Dá mais trabalho evitar o antagonismo, porém o resultado compensa.
Sucesso a todos!
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