Por Mano Preisner*
A coligação encabeçada pelo PP, que disputa a eleição em Cascavel com o candidato Márcio Pacheco, entrou com Ação de Investigação Judicial na 68ª. Zona Eleitoral de Cascavel, pedindo a impugnação da candidatura do Renato Silva e do vice Henrique Mecabô, por Abuso de Poder Político/Autoridade, cometido em reunião na Igreja Assembleia de Deus, conforme amplamente noticiado por esta coluna com repercussão em vários outros jornais e televisões. Além da impugnação das candidaturas, o PP pede a suspensão dos direitos políticos do atual prefeito Leonaldo Paranhos, e penalidades ao pastor Chefe da Assembleia de Deus em Cascavel, Pastor Dr. Clemerson Silva.
A denúncia, com abundante material que comprova o uso da Igreja para pressionar os obreiros da Igreja (pastores auxiliares que recebem salário da Igreja para trabalhar em diversas áreas) é estarrecedora. Diversos discursos, com termos agressivos, ameaçam os obreiros que não apoiarem Renato e Mecabô, dentro do templo da Igreja, situação por si só claramente definida como proibida pela Lei Eleitoral.
Diversos prefeitos, eleitos enquanto as ações não eram julgadas, foram afastados do cargo Brasil afora pelo mesmo motivo. A presente denúncia não vai alterar o quadro em Cascavel, neste primeiro turno, devido a falta de tempo para a Justiça Eleitoral concluir o processo.
Na sequência, a absolvição dos quatro réus, Renato, Mecabô, Paranhos e Clemerson vai exigir várias mágicas e conversações não muito republicanas com membros da ala capitalista do Judiciário, que normalmente embutem elevado custo financeiro.
Voltarei ao assunto.
*Mano Preisner é jornalista e articulista do jornal Impacto