O ex-deputado federal Evandro Roman fez uma transmissão ao vivo nesta segunda-feira (10) para rebater uma reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, que o associou a um suposto esquema de propinas em atas de registro de preços.
Durante uma live, Roman alegou que foi "vítima de uma armadilha" e acusou um ex-amigo de 30 anos, Marcos Roberto Cadure de Almeida, de tê-lo induzido à reunião que serviu de base para a matéria.
Roman afirmou que não tinha intenção de atuar no Rio Grande do Sul e que foi provocado insistentemente por Marcos Cadure, que o apresentou a um suposto empresário, identificado como "Antônio Realeza". Posteriormente, Roman descobriu que Realeza era, na verdade, o jornalista investigativo Giovanni Grisotti, responsável pela reportagem.
"Jamais conversaria com um estranho da forma como conversei com ele. Fui levado para essa reunião por alguém que confiava há 30 anos", declarou o ex-deputado, acusando Cadure de apagar mensagens e tentar ocultar sua participação no caso.
Na transmissão, Roman reforçou que suas empresas não possuem contratos com o setor público e afirmou que todo o seu trabalho é baseado na legalidade da Lei 14.133/2021, que regulamenta as licitações. Ele também colocou à disposição seus sigilos bancário e fiscal, desafiando os órgãos de controle a investigá-lo.
"Eu não tenho nada a esconder. Eu coloco minhas contas e meus CNPJs à disposição. Agora, quero ver quem está me acusando de fazer o mesmo", afirmou.
Roman argumentou que suas falas foram editadas de forma a sugerir irregularidades e classificou a abordagem do Fantástico como sensacionalista. Ele destacou que "usou um tom teatral" durante uma conversa com o jornalista disfarçado, na tentativa de impressioná-lo, pois o via como um potencial parceiro comercial.
"Se pegarem o vídeo inteiro, verão que eu não me comprometi com nada ilegal. Só expliquei como funciona o mercado. E se isso for crime, então todo empresário do Brasil precisa ser preso", disse.
Além de se defender, Roman reportou a suposta ligação entre a reportagem e investigações contra políticos de Cascavel. Ele sugeriu que seria alvo de retaliação por ter feito denúncias contra o ex-prefeito Leonardo Paranhos.
"Se isso foi feito para me intimidar, esqueça. Eu não vou recuar. Pelo contrário, agora eu vou até o fim", declarou, em tom de desafio.
A live de Roman, que durou cerca de 54 minutos, foi marcada por um tom de indignação e reafirmação de sua inocência. O ex-deputado encerrou sua fala reafirmando que não trabalha diretamente com gestores públicos e que sua atuação é de interesse empresarial.
"Eu estou aqui, de peito aberto, enquanto muitos se escondem", concluiu.
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