Os opioides/opiáceos têm eficácia no tratamento da dor crônica não oncológica?

Como as evidências são muito baixas para o tratamento da dor crônica e aguda não oncológica, recomenda-se outras técnicas de tratamento como a osteopatia, alongamentos,

Os opioides/opiáceos têm eficácia no tratamento da dor crônica não oncológica?

Como as evidências são muito baixas para o tratamento da dor crônica e aguda não oncológica, recomenda-se outras técnicas de tratamento como a osteopatia, alongamentos, pilates, exercícios leves.

A resposta é NÃO!

A Organização Mundial de Saúde (OMS), desenvolveu o sistema de escadas para o tratamento da dor oncológica. Esse sistema consiste de três degraus e é o primeiro modelo utilizado e aceito de forma universal para o controle da dor dos pacientes com câncer que baseia-se na gravidade da dor segundo os pacientes.

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Os estudos demonstram que, com a utilização da escada analgésica da OMS, obtém-se alívio adequado em 90% dos pacientes com dor oncológica.

O primeiro degrau, o tratamento da dor leve, recomenda os anti-inflamatórios não-hormonais (AINES) e os analgésicos comuns, como a dipirona e o paracetamol.

Para o tratamento das dores neuropáticas, as medicações adjuvantes, como complexos de vitaminas B e D, antidepressivos e anticonvulsivantes, são também recomendadas.

O segundo degrau é utilizado para o tratamento de dores leves a moderadas, e inclui a adição de um opioide fraco, quando falhou a prescrição anterior. A codeína e o tramadol estão disponíveis no Brasil.

O terceiro degrau substitui o opioide fraco por um forte, que no Brasil inclui a morfina, a metadona, a oxicodona, a hidromorfona, o fentanil transdérmico e a buprenorfina transdérmica, recomendado para o controle de dores moderadas a graves que não são aliviadas com a prescrição do segundo degrau.

Outras recomendações da OMS:

• As medicações devem ser tomadas preferencialmente pela via oral, mas a via transdérmica e injetável é boa alternativa quando há algum impedimento para a primeira;

• Os analgésicos devem ser dados “pelo relógio”, ou seja, em intervalos fixos;

• A dose deve ser individualizada devido à variabilidade individual na metabolização e à tolerância aos opioides;

• Reavaliar com frequência, para reajuste da dose ou troca da medicação;

Após o surgimento da escada analgésica, houve expansão para sua utilização nas dores crônicas não-oncológicas e foi criado o quarto degrau, para aqueles pacientes que não respondem à terapia medicamentosa ou que não toleram seus efeitos colaterais, que é o tratamento intervencionista da dor.

Porém, as evidências da eficácia dos opioides em dor não-oncológica não são animadoras, o alívio só ocorre em menos de 11% dos pacientes e entre 18% e 41% dos pacientes que recebem derivados de opioides para dor não-oncológica evoluem para abuso de substância.

Como as evidências são muito baixas para o tratamento da Dor Crônica e Aguda não oncológica, recomenda-se outras técnicas de tratamento como a Osteopatia, Alongamentos, Pilates, Exercícios leves.

Os opioides usados abusivamente e associados aos antidepressivos e outros analgésicos produzem um quadro de intoxicação, caracterizado por sedação, alteração do humor (predominando euforia). Com o aumento da dose pode ocorrer uma superdosagem (overdose), acidentalmente (mais frequente) ou intencionalmente (tentativas de suicídio), o que requer atendimento médico de emergência. A intoxicação acidental ocorre em pessoas com baixa tolerância à substância, ao uso associado a outras drogas depressoras do sistema nervoso central ou a uma variação abrupta da dose.

Fonte: Fonte não encontrada

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