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Programa Mais Engenharia vai melhorar qualidade dos projetos em 50 municípios do Paraná

Recepção aos prefeitos das cidades selecionadas foi nessa quinta-feira (14), na Itaipu. Aulas de pós-graduação começam em outubro
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Programa Mais Engenharia vai melhorar qualidade dos projetos em 50 municípios do Paraná

Recepção aos prefeitos das cidades selecionadas foi nessa quinta-feira (14), na Itaipu. Aulas de pós-graduação começam em outubro
Programa Mais Engenharia vai melhorar qualidade dos projetos em 50 municípios do Paraná

Recepção aos prefeitos das cidades selecionadas foi nessa quinta-feira (14), na Itaipu. Aulas de pós-graduação começam em outubro

Cinquenta pequenas cidades paranaenses terão a oportunidade de aperfeiçoar os projetos para captação de recursos públicos. Este é o objetivo do Programa Mais Engenharia, que promoveu um encontro dos prefeitos dos municípios selecionados na manhã desta quinta-feira (14) no Centro de Recepção dos Visitantes (CRV) da Itaipu, em Foz do Iguaçu. O Programa é uma iniciativa da Itaipu Binacional em parceria com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PR) e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

“Junto com o governo federal, nós temos condições e recursos para financiar bons projetos. Mas esses projetos não estavam chegando, porque a maioria dos municípios pequenos não possuem profissionais qualificados para fazê-los. O Programa atua nesse gargalo. Não se trata apenas de cursos técnicos de engenharia, mas de uma visão sistêmica de como funciona uma cidade”, afirmou o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri.

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Diretor-geral Enio Verri destacou a importância investimento em capacitação nos pequenos municípios. Fotos: Rubens Fraulini / Itaipu Binacional

De acordo com o diretor administrativo da Binacional, Iggor Rocha, todas as oportunidades de melhorias dos projetos de infraestrutura estão sendo dadas e, agora, cabe aos gestores municipais se prepararem para participar dos editais públicos. “O sucesso do Mais Engenharia passa pela capacidade dos municípios conseguirem a captação de recursos”, disse Iggor, citando também o Guia Prático para Elaboração de Projetos, disponível no site do Ministério das Cidades, outra ferramenta para elaboração de projetos.

Participaram da seleção do Mais Engenharia 167 municípios paranaenses, ou 41,85% das cidades do estado. Foram selecionados 50, sendo levado em consideração aqueles de menor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), o índice de engenheiros civis por habitantes e a capacidade de endividamento. Serão fornecidas 50 bolsas de especialização em “Gestão Pública em Engenharia e Desenvolvimento Sustentável” a engenheiros e engenheiras, além de outras 50 bolsas para estagiários(as).

“É inadmissível o poder público ter recursos, mas os municípios não conseguirem oferecer projetos para executá-los. O Mais Engenharia vem para isso, para colocar profissionais capacitados nas prefeituras que possam desenvolver projetos e, assim, os governos municipais buscarem financiamento, por meio de emendas parlamentares ou pelos governos estadual e federal, para dar melhores condições aos cidadãos”, comentou o presidente do Crea-PR, o engenheiro agrônomo Clodomir Luiz Ascari.

As aulas do curso de especialização serão ministradas pela UEPG e devem começar em 1º de outubro. Serão 480 horas, ao longo de 24 meses, com a participação de 16 professores, um por disciplina, além de 50 orientadores dos trabalhos de conclusão de curso. As inscrições por parte dos engenheiros dos municípios selecionados já estão abertas no site do Crea-PR e se encerram no dia 19 de agosto. Os(as) candidatos(as) devem ter no mínimo três anos de formação no curso de Engenharia Civil e ter o registro no Confea/Crea.

Iggor Gomes Rocha, diretor administrativo da Itaipu, ressaltou que os corpos técnicos devem estar preparados para acaptação de recursos

Segundo o vice-reitor da UEPG, professor Ivo Mottin Demiate, as expectativas são muito boas para o curso, que será a primeira turma no programa de pós-graduação da universidade. “Nosso grupo docente é formado por jovens professores, todos com doutorado, muito qualificados, que estão muito motivados para realmente fazer a diferença”, explicou.

Também participaram da cerimônia os diretores de Itaipu Renato Sacramento (técnico executivo) e Luiz Fernando Delazari (jurídico), além de autoridades do Crea-PR e da UEPG, e prefeitos e prefeitas dos municípios selecionados.

Municípios

Para a prefeita de Renascença, Fabieli Manfredi, o programa é uma excelente iniciativa da Itaipu que vai fortalecer os municípios. “Nós somos uma cidade pequena, temos muita dificuldade na nossa equipe, no setor de engenharia, então, esse programa vai fortalecer a nossa equipe e, consequentemente, ajudar no desenvolvimento do nosso município”, afirmou.

O prefeito de Boa Esperança do Iguaçu, Givanildo Trumi, o Giva, comentou que o município tem dificuldade no desenvolvimento de projetos. “Hoje nós estamos com oito obras em andamento e apenas um engenheiro com 30 horas na prefeitura, com muitos projetos para desenvolver. Esse programa muda a realidade e dá ao município de Boa Esperança um pouco de igualdade em relação aos municípios maiores.”

Editais da ENBPar

ENBPar anunciou editais de eficiência energética no evento.

Após a recepção do Mais Engenharia, Alexandre de Sousa Rodrigues dos Reis, gerente do Programa Nacional de Conservação de Energia (Procel), da Empresa Brasileira de Participações e Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), apresentou dois editais que estão abertos e prorrogados em âmbito nacional voltados à eficiência energética.

O “Procel Energia Zero” tem recursos de R$ 100 milhões para modernização de edificações já existentes para que eles produzam a própria energia elétrica, por meio da instalação de painéis fotovoltaicos. Serão permitidos projetos de R$ 1 milhão a R$ 5 milhões. “Prorrogamos o prazo desse edital por causa do Programa Mais Engenharia, para dar tempo de os municípios do Paraná entrarem com projetos”, comentou Alexandre.

Já o “Procel Reluz” tem recursos de R$ 150 milhões e é voltado para melhorar a eficiência da iluminação pública, substituindo as luminárias convencionais por LED. Cada projeto municipal terá de R$ 500 mil a R$ 3 milhões. De acordo com Alexandre, essa é a quarta chamada pública do projeto.

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