O estado emocional do indivíduo pode contribuir para o surgimento, agravamento ou para desencadear momentos de crise de várias doenças, inclusive as respiratórias. O estresse está entre os fatores desencadeantes das crises de asma, doença inflamatória das vias aéreas que, ao provocar o estreitamento dos brônquios (pequenos canais de ar dos pulmões), dificulta a passagem do ar, comprometendo a respiração e tornando-a mais difícil.
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“Apesar de não ser agente causador da doença, o estresse é um gatilho para a crise de bronquite e asma nos pacientes que já têm a enfermidade e pode piorá-la”. “Já em pessoas não asmáticas, o estresse pode provocar a chamada dispneia psicogênica — ou ‘falta de ar suspirosa’ —, característica do quadro emocional ligado ao transtorno de ansiedade”.
Um dos primeiros relatos, relacionados a “asma psicogênica” foi feito em 1945, Trata-se do estudo e tratamento de um caso de asma brônquica em menina de 13 anos que, ao lado da “neurose respiratória”, apresentava caraterísticas pessoais (egoísmo, ciúmes, irritabilidade), que dificultavam sua adaptação ao ambiente. O rendimento escolar da enferma, mesmo anteriormente ao aparecimento da asma, era tão reduzido, que permitia suspeitar de atraso mental. O caso da Asma, havia aparecido um ano após o nascimento de sua irmã menor, na ocorrência de uma coqueluche, que ambas apresentaram quase concomitantemente. Verificou-se, também, que o primeiro acesso asmatiforme surgira como consequência de um susto determinado pela percepção de um incêndio. Por outro lado, o comportamento da menina durante as crises era por demais dramático e deixava transparecer, ao lado do sentimento de culpa e do estado ansioso, certa tendência a exigir todas as atenções e cuidados dos familiares.
A compreensão da vida psicológica dos enfermos asmáticos parece indicar estarem eles sujeitos a um conflito humano universal, entre a tendência ao estado de dependência materna e outras atitudes emocionais, que são incompatíveis com tal dependência. Expressão do conflito, a crise de asma representaria simbolicamente um grito inibido, uma linguagem sintomática, por meio do qual o indivíduo protestaria contra o afastamento da mãe.
Com base nos resultados encontrados, evidencia-se que, ao avaliar quais variáveis influenciam a qualidade de vida relacionada com a bronquite e asma, verifica-se que a ansiedade constituía o seu principal preditor. Foi também demonstrado que dificuldades no âmbito das relações precoces com as figuras parentais são potencializadoras do desencadeamento da asma em crianças e que, para além de predispor e precipitar o desenvolvimento da asma, níveis elevados de estresse também se relacionam a uma pior qualidade de vida.
O ajustamento psicológico dos pais, em especial da mãe, é outro aspecto que aparece como fator que influencia a resposta da criança à asma. Foi também demonstrado que a presença de sintomas depressivos na mãe está associada a uma série de crenças e atitudes que afetam de forma negativa o controle da asma dos seus filhos, nomeadamente a adesão ao tratamento e a utilização inadequada dos serviços de saúde.
As crianças e os adolescentes com bronquite e asma apresentaram alterações na competência social global e competência social relacionada a atividades cotidianas e escola. Apresentaram ainda transtornos globais e internalizantes, que podem prejudicar o seu desenvolvimento, sua qualidade de vida, a adesão ao tratamento e o manejo adequado da doença. Esses resultados sugerem que novas propostas terapêuticas englobem o envolvimento de equipes multiprofissionais, e os estudos reforçaram a necessidade de uma abordagem mais sistêmica do paciente asmático e seus familiares.
A busca por um auxílio, além do pneumologista e pediatra, conta com a Microfisioterapia, que tem efeitos muito animadores nesses casos.
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