Onde andam os troféus de campeão dos Jogos Abertos do Paraná conquistados por Cascavel nos anos de 1998 e 1999? Essa é uma pergunta que poucos ou ninguém consegue responder. O que se sabe, segundo relatos de quem viveu de perto essas conquistas, é que os troféus sumiram misteriosamente do Ginásio de Esportes Sérgio Mauro Festugatto, onde eram exibidos logo acima da entrada principal.

O então secretário de Esportes e Lazer, Ladir Salvi, liderou, na época, o projeto esportivo vitorioso. Em 1997, foi desafiado por pessoas ligadas ao esporte cascavelense: “Quando é que Cascavel vai ser campeã dos Jogos Abertos”? A resposta veio em dose dupla. “Eu disse que em 98 era impossível, mas que em 99 seríamos campeões. E fomos nos dois anos”, conta com emoção.

Em 1998, Cascavel foi campeã geral sediando os jogos em casa. No ano seguinte, repetiu o feito em Toledo. Os troféus entregues pela Paraná Esporte eram imensos e pesados, dignos da grandeza da conquista. “Uma pessoa sozinha não conseguia levantar. Eram verdadeiras obras de arte”, afirma Ladir.

O troféu da edição realizada em Cascavel é lembrado com emoção. “Era enorme, pesado, precisava de duas mãos para levantar. Era bem maior que o troféu geral da segunda conquista”, diz. Ele relembra que na gestão do prefeito Lísias Tomé (2005 a 2008), todos os troféus da cidade eram expostos com orgulho, em local de honra no Ginásio de Esportes, protegidos por redes. “Mais tarde, as taças teriam sido retiradas do local, levadas para o alto do prédio e, de lá, desapareceram”, disse.

Segundo Ladir, a informação é de que os troféus foram roubados, desmontados e vendidos como bronze. “Aqueles troféus maravilhosos sumiram. Hoje nem foto existe. Nunca mais a Paraná Esporte entregou troféus tão bonitos como aqueles”, lamenta. Ladir não acusa diretamente ninguém, mas afirma: “A verdade é que fomos lá um dia, cerca de 10 anos atrás, e não tinha mais nada. Roubaram todos os troféus. Eu chorei”, revela.

Hoje, restam apenas as memórias, nem foto dos troféus existe, só os relatos emocionados e uma pergunta que segue sem resposta oficial: quem apagou parte tão simbólica da história esportiva de Cascavel?