Nesta sexta-feira, (1°), novas testemunhas foram ouvidas na Câmara pela CPI que investiga possíveis irregularidades no processo de apuração de assédio sexual cometido dentro de CMEI. Compõem a comissão os vereadores Everton Guimarães, presidente, Hudson Moreschi, relator, Contador Mazutti, secretário, Valdecir Alcantara e Dr. Lauri, membros.
Edicleia Vieira, professora do Cmei Vicentina Guisso, Mary de Oliveira, coordenadora pedagógica das escolas municipais, Francisca Rojo de Carvalho, diretora administrativa da SEMED e Rosane Aparecida Brandalise Corrêa, diretora pedagógica do SEMED foram ouvidas nas oitivas por estarem ocupando os cargos à época das denúncias.
Edicleia Vieira foi professora na mesma sala do acusado. Segundo ela, não tinha conhecimento da investigação e quando os fatos vieram à tona na imprensa, foi um momento muito difícil para todos da comunidade escolar. “As crianças foram negligenciadas porque é responsabilidade do Estado a proteção enquanto estão na escola. Se eu soubesse, nunca deixaria uma pessoa que está respondendo um processo por pedofilia na minha turma, porque é impossível dissociar a educação infantil do cuidado, do afeto, do toque”.
Já a responsável pela coordenação pedagógica, Mary de Oliveira, disse que a denúncia foi encaminhada à Corregedoria para investigação. Mary ainda afirmou que, embora exista a orientação para que o servidor seja afastado das funções dependendo da gravidade da denúncia, não cabia ao seu setor esta decisão e nem o acompanhamento da atuação do acusado. Francisca Rojo de Carvalho, diretora administrativa da SEMED, explicou aos vereadores que outros servidores já foram afastados de suas funções em outros processos administrativos. Tanto ela quanto Rosane Brandalise Corrêa, diretora pedagógica da SEMED, alegaram que não era responsabilidade de seus setores afastar o servidor do contato com as crianças.