Primeiro centro de socioeducação feminino do Paraná faz 40 anos

Inaugurada em julho de 1985, a unidade agora nominada Centro de Socioeducação Joana Miguel Richa foi, por muito tempo, a única voltada ao atendimento de

Primeiro centro de socioeducação feminino do Paraná faz 40 anos

Inaugurada em julho de 1985, a unidade agora nominada Centro de Socioeducação Joana Miguel Richa foi, por muito tempo, a única voltada ao atendimento de meninas. Hoje o Estado possui quatro unidades para este público. Na comemoração da data foi anunciada reforma e revitalização do local.
Primeiro centro de socioeducação feminino do Paraná faz 40 anos

O primeiro centro de socioeducação feminino do Paraná, em Curitiba, está completando 40 anos. Em quatro décadas, o local acumula histórias de desafios e superação de adolescentes que passaram por lá. Nesta quarta-feira (16), para celebrar a história da unidade, foi realizado um evento que destacou a importância do atendimento socioeducativo e homenageou servidores, ex-servidores e parceiros que contribuíram com a trajetória da unidade.

A comemoração se estende a reformas nas instalações. A unidade vai receber R$ 450 mil em obras. Entre outras ações, serão feitas pintura, troca de pisos e melhoria e manutenção dos alojamentos. A última reforma da unidade foi em 2013.

Inaugurado em julho de 1985, o atual Centro de Socioeducação Joana Miguel Richa foi, por muito tempo, o único voltado ao atendimento de meninas. Hoje o Paraná conta com quatro unidades. No começo, tinha o nome de Unidade Social de Reeducação Feminina Joana Richa e usava parte da estrutura física da Unidade Social Hermínia Lupion.

Os centros de socioeducação são espaços do Governo do Estado, sob responsabilidade da Secretaria da Justiça e Cidadania, nos quais os adolescentes cumprem medidas judiciais. No total são 28 unidades no Paraná.

M. E., que tem 15 anos, é uma das adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa que passou pelo Joana Richa. Ela saiu há dois meses de uma internação de dois anos por cometer ato infracional. Hoje, estuda e trabalha como menor aprendiz e reforça que o Cense foi um lugar de aprendizado.

“O maior ensinamento que tirei de lá foi o amadurecimento, entendi que a gente não pode ter tudo na hora que quer. Tive que aprender a ter muita calma e paciência, coisa que antes eu não conseguia”, conta. “Agora minhas expectativas são de terminar meus estudos e dar o melhor de mim para ser efetivada na empresa onde trabalho”, afirma a adolescente.

VIDA MELHOR – No encontro, o secretário da Justiça e Cidadania, Valdemar Jorge, enfatizou o empenho de todos no trabalho de apoio aos adolescentes. “Todos estamos empenhados para que vocês possam sair e ter uma vida melhor”, disse ele, dirigindo-se às adolescentes que estão no Cense. “Nosso movimento todo é para que vocês tenham mais conhecimento, para que recebam ensino profissionalizante e tenham trabalho lá fora. O trabalho nos transforma em pessoas melhores, transforma o outro e o mundo em um lugar melhor”, afirmou.   

Atualmente, o Joana Richa acolhe 15 adolescentes e conta com 45 servidores. Gláucia Rennó Cordeiro, diretora do Cense, afirma que comemorar os 40 anos é celebrar a vida de todas as adolescentes que passaram ou que ainda estão na unidade. Ela ressalta a importância da homenagem a servidores e ex-servidores.

“O nosso trabalho é repleto de desafios e dedicação. Estamos falando de uma equipe de profissionais unidos em prol de um objetivo em comum: a valorização da vida de cada adolescente que passou ou está aqui conosco”, ressaltou a diretora.

PRESENÇAS – Também participaram do evento o coordenador de Gestão do Sistema Socioeducativo, Alex Sandro da Silva; a promotora de Justiça Danielle Cristine Cavali Tuoto; o defensor público Juliano Marold; a vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca-PR), Prisciane de Oliveira; e a agente socioeducativa Silvia Vicente, que representou os servidores.

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