
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta terça-feira (25) que o ex-presidente Jair Bolsonaro ficará preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília para cumprir a pena de 27 anos e três meses determinada pela tentativa de golpe de Estado após a derrota eleitoral em 2022. Muitos acreditavam que ele pudesse iniciar a pena no presídio da Papuda, em Brasília, o que não se confirmou.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator do processo da trama golpista, ordenou nesta terça o trânsito em julgado da ação, ou seja, não há mais possibilidade de recursos.
A decisão sobre o fim do processo alcança também os ex-ministros Anderson Torres, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e deve ser apreciada pelos demais ministros da Primeira Turma em sessão virtual extraordinária.
Bolsonaro já estava detido na carceragem da PF desde sábado, quando Moraes determinou a prisão preventiva do ex-presidente após ser identificada uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica. O ex-presidente reconheceu que usou um ferro de solda na tentativa de danificar o equipamento, atitude que atribuiu a uma "alucinação" e uma "certa paranoia" de que haveria uma escuta no aparelho.
Antes de ser preso preventivamente e levado à PF, Bolsonaro já cumpria prisão domiciliar preventiva em um condomínio no Jardim Botânico, em Brasília.
Condenados no processo da trama golpista, os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira foram presos e levados nesta terça-feira (25) para o Comando Militar do Planalto, sediado em Brasília.
O ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos irá cumprir a pena na Estação Rádio da Marinha, em Brasília. Esta é a primeira vez na história que generais e ex-comandantes são presos e condenados por decisão do Supremo por envolvimento em um golpe de Estado.
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