Produtores de leite protestam no Paraná contra importações e custo de produção

Produtores de leite realizam nesta quarta-feira (10) um protesto em Francisco Beltrão para cobrar do governo federal medidas emergenciais para o setor. O ato reúne moradores e representantes da cadeia produtiva e ocorreu de forma articulada com outras manifestações no Sul do país.

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Segundo organizadores, o movimento surgiu a partir de conversas em um grupo de WhatsApp e ganhou adesão rápida entre pequenos e médios produtores.

“A gente começou com um grupo de WhatsApp conversando com os demais produtores e resolvemos então montar esse protesto”, disse Maciel Comunello, um dos líderes locais.

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Reivindicações dos produtores

Os participantes apresentaram três pedidos centrais ao governo federal:

• suspensão por 120 dias da importação de leite em pó;
• prorrogação de dívidas rurais e liberação de capital de giro;
• criação de uma política pública permanente para a cadeia do leite.

Produtores afirmam que o custo de produção supera o preço pago pelo litro há vários meses, o que compromete a continuidade da atividade.

“Estamos no 8º, 9º mês com valor insuficiente. Em 2025, despencou de novo e vamos fechar o ano no vermelho”, disse Comunello.

Protesto teve carreata e tratoraço

A concentração começou às 9h no trevo da Havan/Polícia. Pela manhã, houve ato público, seguido de carreata e tratoraço às 13h30. Os organizadores convocaram a comunidade a participar, destacando que “a força do campo sustenta a nossa mesa”.

Produtores relataram dificuldades de acesso a crédito e aumento do endividamento. As pautas incluem ações imediatas, como suspensão das importações, e medidas estruturantes para o setor.

Ato em Laranjeiras do Sul reúne cerca de 200 produtores

Aproximadamente 200 produtores rurais ocuparam o entroncamento da BR-277 com a BR-158, em Laranjeiras do Sul, para cobrar fiscalização sobre a entrada de leite importado no país. O ato ocorre sem bloqueios permanentes, segundo a PRF, mas há possibilidade de interrupções temporárias.

Equipes da corporação acompanham o fluxo de veículos e orientam motoristas. Os organizadores aguardam a presença de imprensa e lideranças políticas para apresentar formalmente as demandas.

A mobilização segue sem confrontos e não há previsão de encerramento, conforme a última atualização.