
Um novo vídeo da briga do deputado estadual Renato Freitas (PT) em Curitiba revela que o parlamentar foi provocado antes do confronto. A gravação amplia a versão inicial, que circulou apenas com um recorte da confusão registrada na rua Vicente Machado, no centro da capital. Veja:
A parte inicial do vídeo da briga do deputado Renato Freitas em Curitiba mostra que o petista foi provocado antes de iniciar a briga. Ele diz que situação foi armada por três homens. Versão anterior era apenas um recorte da confusão. pic.twitter.com/fUViKIF4SV
— Preto no Branco (@pretonobrancop1) November 20, 2025
Nas novas imagens, Freitas aparece sendo abordado por um homem que, segundo o deputado, teria jogado o carro contra ele e sua amiga. O parlamentar afirma que o motorista baixou o vidro, o xingou e desceu do veículo já disposto a brigar. O vídeo mostra os dois trocando socos e chutes, até serem separados por pessoas que passavam pelo local. O deputado teve o nariz quebrado após levar um soco.
Em publicação nas redes sociais, Freitas declarou que reagiu após sofrer ofensas raciais. Ele relatou que o outro homem passou a filmar e que a situação teria sido planejada por três pessoas. O parlamentar disse ainda que não iniciou a briga, mas foi seguido pelo rapaz e por seu assessor enquanto já era gravado.
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O presidente nacional do PT, Edinho Silva, condenou a agressão e expressou apoio ao deputado. Ele afirmou que Freitas tem sido alvo de ataques por sua atuação em defesa da igualdade e por sua trajetória ligada à luta antirracista.
A carreira do parlamentar registra episódios de perseguição desde quando era vereador em Curitiba. Sua cassação em 2022 foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal.
Após a divulgação dos vídeos, a Assembleia Legislativa do Paraná recebeu pelo menos quatro pedidos de cassação contra Freitas por quebra de decoro. As representações serão encaminhadas ao Conselho de Ética, responsável por avaliar a abertura de processo disciplinar.
Entre os autores dos pedidos estão os deputados Delegado Tito Barichello (União) e Ricardo Arruda (PL), além dos vereadores curitibanos Guilherme Kister (Novo) e Bruno Secco (PMB). O MBL também deve protocolar uma representação. Kister afirma que o parlamentar teria adotado postura agressiva e que não condiz com o cargo público.
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