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STF mantém prisão preventiva de Jair Bolsonaro por unanimidade

Primeira Turma rejeitou argumentos da defesa e confirmou decisão de Alexandre de Moraes

24/11/2025 às 16h36
Por: Tissiane Merlak
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STF mantém prisão preventiva de Jair Bolsonaro por unanimidade

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. O julgamento ocorreu em sessão virtual extraordinária na manhã desta segunda-feira (24). Bolsonaro está detido desde sábado (22) em uma sala da Polícia Federal, em Brasília.

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A última a votar foi a ministra Cármen Lúcia, que acompanhou integralmente o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, sem apresentar voto escrito.

A prisão foi decretada após Bolsonaro tentar violar sua tornozeleira eletrônica utilizando um ferro de solda. Durante a audiência de custódia, o ex-presidente admitiu a tentativa e afirmou que agiu em razão de “paranoia” causada por medicamentos.

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Na decisão que fundamentou a prisão preventiva, Moraes citou também uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), marcada para ocorrer em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar. O ministro entendeu que o ato poderia causar tumulto e facilitar uma eventual fuga. “A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga”, escreveu Moraes.

“Ameaça à ordem pública”

Em voto escrito, o ministro Flávio Dino afirmou que a convocação da vigília em área densamente povoada representava “insuportável ameaça à ordem pública”. Dino mencionou ainda a fuga do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) para os Estados Unidos e outras tentativas de apoiadores deixarem o país. Segundo ele, tais episódios compõem um “deplorável ecossistema criminoso”.

O ministro Cristiano Zanin também acompanhou o relator na íntegra, sem apresentar voto próprio.

Defesa alegou “confusão mental”

A defesa de Bolsonaro argumentou que o ex-presidente teria sofrido “confusão mental” devido à interação de medicamentos de uso contínuo. Na véspera da prisão, os advogados haviam solicitado prisão domiciliar humanitária, pedido que foi negado pelo STF.

Condenação e recursos

Em setembro, Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma a 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado, por liderar uma organização criminosa armada que buscava promover um golpe de Estado após a derrota eleitoral de 2022. O placar foi de 4 votos a 1.

Até o momento, os primeiros recursos apresentados pela defesa — assim como os de outros seis condenados — foram rejeitados. Entre os réus está o deputado Alexandre Ramagem, condenado a mais de 16 anos de prisão.

A defesa tem até esta segunda-feira (24) para apresentar novos embargos de declaração, recurso destinado a esclarecer pontos da decisão, mas que, em tese, não altera o resultado do julgamento. A possibilidade de embargos infringentes é remota, já que esse recurso só é permitido quando há pelo menos dois votos divergentes, o que não ocorreu no caso de Bolsonaro.

Em decisões anteriores, Moraes determinou o início imediato do cumprimento da pena após a rejeição dos primeiros embargos, sob o argumento de que recursos adicionais seriam “meramente protelatórios”.

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