
O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, deixou a sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná, na manhã deste sábado (27) e está sendo transferido para Brasília.
Silvinei Vasques passou a noite na sede da delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu após ser entregue pela polícia paraguaia às autoridades brasileiras na Ponte da Amizade, que liga a cidade do Paraná a Ciudad del Leste.
Condenado a 24 anos e seis meses de prisão na ação penal do núcleo 2 da trama golpista, o ex-diretor cumpria prisão domiciliar, mas rompeu a tornozeleira eletrônica e fugiu para o país vizinho para evitar o cumprimento da pena. A fuga ocorreu na madrugada de Natal.
Após ser informado sobre a fuga, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva do ex-diretor da PRF.
Segundo a PF, a tornozeleira parou de emitir sinal de GPS por volta das 3h da madrugada de quinta-feira (25). Em seguida, agentes foram ao apartamento do ex-diretor, localizado em São José, em Santa Catarina, e constataram que ele não estava na residência. Após verificarem o sistema de câmeras do prédio, os agentes concluíram que ele esteve no apartamento até as 19h22 da véspera de Natal, na quarta-feira (24).
As imagens do circuito interno de TV mostraram Vasques colocando bolsas no porta-malas de um carro. Ele usava uma calça de moletom preta, camiseta cinza e um boné preto.
O ex-diretor percorreu cerca de 1.300 km em um carro alugado. O trajeto incluiu a saída de São José (SC), passagem por Foz do Iguaçu (PR) e a entrada no Paraguai, chegando até a capital, Assunção.
Silvinei Vasques, foi preso pelas autoridades paraguaias no Aeroporto Internacional de Assunção na última sexta-feira (26). A detenção ocorreu enquanto Vasques tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador, de onde planejava seguir para os Estados Unidos.
Ao ser abordado no aeroporto paraguaio, Silvinei Vasques portava documentos falsificados. Segundo a Polícia Federal, ele utilizava:
A perícia constatou que o número do documento e as impressões digitais não correspondiam aos registros oficiais. Ao perceber que seu plano havia falhado, Vasques confessou a intenção de fuga no primeiro depoimento.
O plano de viagem do ex-diretor envolvia uma rota indireta para despistar as autoridades. Ele possuía uma passagem comprada para El Salvador. De lá, a intenção era pegar um voo de conexão para Orlando, na Flórida (EUA).
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